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Família Vespertilionidae

 

      Vespertilionidae Gray, 1821 é a família com maior diversidade e distribuição geografia entre os Chiroptera, incluindo atualmente 48 gêneros e 407 espécies nas regiões tropicais e temperadas do globo. São reconhecidas 6 subfamílias para essa família (Vespertilioninae, Antrozoinae, Myotinae, Miniopterinae, Murininae e Kerivoulinae), das quais apenas Vespertilioninae e Myotinae possuem representantes no Brasil. Dados corológicos disponíveis para o país indicam uma riqueza de 24 espécies pertencentes a cinco gêneros, a maioria com ampla distribuição.

   Caracterizam-se por olhos pequenos e ausência de folha nasal ou qualquer outro ornamento facial. As orelhas variam bastante de forma e tamanho, sendo um bom parâmetro para a separação dos gêneros. A cauda, bem desenvolvida, é contida no uropatágio, raramente ultrapassando sua borda distal em uma vértebra, formando um “V” bem definido. Os dentes incisivos são pequenos e separados medianamente; os molares apresentam um padrão de cúspides e sulcos em forma de “W” bem definida.

   O sistema dentário varia entre trinta e trinta e oito dentes, e o crânio apresenta tamanho e formas diferentes, embora em alguns sejam encontrados numerosos caracteres em comum.

   Todos os vespertilionídeos do Brasil se alimentam de insetos, em geral capturando-os em vôo. O período de gestação varia entre 40 a 90 dias (ou um pouco mais) e as fêmeas dão à luz a um ou, ocasionalmente, dois a cinco filhotes por evento reprodutivo. No hemisfério Norte, muitas espécies realizam movimentos migratórios e hibernação, comportamentos que, embora não comprovados, são sugeridos na América do Sul. Podem ser encontrados sozinhos ou em grupos pequenos ou extremamente grandes (de centenas a milhares de indivíduos), ocupando toda sorte de abrigos, como grutas, cavernas, fendas em rochas, árvores (folhagens, ocos e cascas), folhas secas de palmeiras, barrancos de rios, construções humanas ou outros locais protegidos.

 

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